Tupã possui 16 unidades de saúde (UBS/ USF), que funcionam como porta de entrada do SUS para tratamento de diversas doenças, inclusive para infectados pela dengue, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti.
Para evitar a sobrecarga nos locais que ofertam atendimento de urgência e emergência nesse período de maior incidência de casos de dengue no Brasil, a Secretaria de Saúde quer ampliar a conscientização da população a respeito do diagnóstico inicial.
SINTOMAS LEVES
Conforme a médica da atenção básica e diretora da UPA, Caroline Machado, o cidadão nunca deve deixar de buscar atendimento.
“Recomenda-se procurar a unidade de saúde mais próxima caso o paciente sinta febre, tenha diarreia, dores no corpo ou de cabeça, ou apresente manchas na pele. Antes mesmo do diagnóstico, ele deve intensificar a hidratação com água, e fazer uso apenas de analgésicos como dipirona e paracetamol e cumprir o período de repouso”, a especialista ressalta ainda ser essencial evitar anti-inflamatórios e reduzir o esforço físico, que contribui com a queda de plaquetas.
A ingestão de AAS (também conhecido como aspirina) deve ser feita, ou mantida, somente por aqueles que realizam acompanhamento cardiológico. Além disso, todo paciente com dengue se torna reservatório do vírus. Por isso, no período de maior carga viral (do 1º ao 4º dia de contaminação), é importante usar repelente.
O atendimento das UBS e UFS ocorre das 7h às 17h, no município; e até as 16h, nos distritos. Caso o cidadão tenha dúvidas sobre qual o postinho de referência para a região em que mora, basta entrar em contato com a Secretaria de Saúde pelo (14) 3404-2200.
SINAIS GRAVES DE DENGUE
Pacientes com sinais de alarme como: queda de pressão, sangramento ativo, diminuição da quantidade de urina, vômito, dor abdominal, ou impossibilidade de ingerir líquidos, devem se dirigir imediatamente aos serviços de urgência e emergência.
A UPA e o Pronto Socorro da Santa Casa devem ser priorizados por sintomáticos com maior gravidade, e nos fins de semana ou em período noturno se houver agravamento nos sintomas percebidos.
“No último ano, observamos que grande parte dos pacientes que evoluíram para fases mais críticas da doença, com maiores complicações, apresentaram em comum a dor abdominal. Por isso, cada um deve ser avaliado de acordo com as comorbidades e seguindo o quadro clínico”, informa a médica.
Vale destacar que transfusões são indicadas quando a contagem de plaquetas estiver abaixo 50.000, com sangramento ativo ou hemorragia. Sendo bom apresentar, sempre que possível, um hemograma anterior.